quinta-feira

a nossa primeira vez

Nunca nos comprometemos, desde o primeiro dia em que me tornei tua vizinha sei que me olhaste desejoso de me conhecer melhor. Eu era ainda muito jovem, de idade e de experiência também. Tinha acabado de entrar para a universidade, com 17 anos estava a sair da casa dos meus pais, e por sorte fui logo parar ao apartamento ao lado do teu.
Habituaste-te desde logo a entrar na minha casa quando nos encontrávamos só para conversar, fazias-me rir, sempre adorei isso em ti, o fazeres-me rir. Contigo nunca estava triste ou mal disposta. Mesmo antes de nos beijarmos pela primeira vez já eras extremamente carinhoso comigo, gostavas de me tocar o rosto, de me mexer nas orelhas, nas mãos, e sempre adoraste o meu cabelo. Dava-me arrepios a forma como me tocavas, até que, mais de um ano depois de nos conhecermos, deixei-me levar por esses arrepios.
Bateste à porta, ias jantar com uns amigos e foste-me convidar para te acompanhar, não me senti à vontade para ir para um ambiente onde apenas te conhecia a ti e fiquei em casa, deixaste-me avisada de que quando regressasses voltarias a tocar à campainha para vermos televisão no meu quarto, como era habitual.
Nunca havias tentado nada de forma explícita, e isso fazia-me sentir bem, sabia que podia confiar em ti. Voltaste cedo do jantar, e como prometido procuraste-me. Abri-te a porta, já um pouco ensonada. Sentados na cama... lembro-me como se fosse hoje. Tocaste-me no rosto, na orelha, deitei-me para trás e olhei-te nos olhos. Beijaste-me, devagarinho, senti aquela impressão na barriga, como se estivesse a levantar voo. A tua mão passou-me pelo braço levantando a manga do pijama, era Outuno, o tempo era já bem fresquinho pelo que me lembro.
Depois de me saboreares os lábios, coisa que sei que há muito desejavas, e eu também confesso, embora nunca tivesse pensado seriamente sobre isso, de olhos fechados senti a tua língua no meu pescoço e adorei a sua textura, ao mesmo tempo que era rugosa a sua maciez provocava-me sensações que explodiam interiormente. Segurei-te o queixo, queria beijar-te mais, afinal estávamos a descobrir-nos, e beijei-te, senti-te surpreendido, talvez me imaginasses mais inibida, mais inexperiente no campo sexual, mas mostrei-te onde te podia levar, e onde queria que tu me levasses.
Já despidos lembro-me que olhaste para mim e disseste uma daquelas tuas piadas, estava já excitadíssima, desejosa de te sentir dentro de mim, mas aquilo que com outra pessoa me pareceria um absurdo, contigo foi um momento de cumplicidade, ambos rimos e sorrimos, sentia-me excitada mas ao mesmo tempo relaxada, confiante, e foi aí que me beijaste enquanto entravas dentro de mim com todo o cuidado, sentindo-me, reconhecendo um novo corpo que estava diante de ti, respirei o teu perfume, o nosso odor, agarrei-.te nas nádegas mostrando-te que bastaria um pequeno aumento do ritmo dos nosso movimentos para que atingisse o orgasmo, depois abracei-te e fiz-te virar para ficar em cima de ti, inclinei a cabeça para a frente e os meus cabelos tocaram-te o peito, agarraste-me as mamas com ambas as mãos e apertaste com uma sede que me excitou ainda mais, ondulei sobre ti sentindo-me como numa performance de dança do ventre. Apoiando-me nos joelhos subai e descia, fazia o teu sexo entrar e sair de mim... era difícil aguentar, pus as mãos em cima da cama e já apoiada nos pés atingi um orgasmo simplesmente... indescrítivel, de tirar o fôlego, quase me senti desfalecer. Peguei-te nas mãos e puxei-te movimentei-me um pouco, os dois sentados, de frente para ti, afundas-te a tua cara nas minhas mamas, até que te empurrei e me virei de 4 para ti: a visão deve ter-te deixado extasiado porque durante uns momentos não te manifestaste e não te sentia encostado a mim, olhei para trás e sorri, estavas corado, e acho que até impressionado com a minha forma de encarar o momento, seguraste-me as nádegas e como uma seta entraste em mim, com movimentos ritmados e profundos fizeste-me gritar, tive de abafar os gemidos, até que nos viemos os dois, senti vários espasmos vindos de ti, que me fizeram vir a mim... estou a recordar e quase me sinto tremer.
Encontros como estes repetiram-se diversas vezes, durante um par de anos, livres de compromissos, mas fiéis ao lugar que tínhamos guardado no coração para cada um de nós. Ainda hoje nos encontramos, não com regularidade, mas quando estamos juntos não conseguimos evitar um beijo... como ontem. E fui-me deitar a desejar-te, porque me apetece mais. Acima de tudo tem persistido a amizade, mas o desejo... é algo que não conseguimos controlar, e quando estamos juntos também não queremos. Controlar o que é bom para quê?...............

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